Tal como em todas as famílias, o NASCIMENTO de uma criança é, na família judia, um acontecimento feliz. A religião, tal como refere o mitzva (mandamento) nos Génesis 1:28, "crescei e multiplicai-vos", obriga a família judia a ter filhos, contendo esta obrigatoriedade o mínimo de um menino e uma menina. Ter mais filhos, opção de quase todas as famílias judaicas ortodoxas (praticantes), é um sinal de bênção divina. Nesta base espiritual, interpretativa do nascimento e da vida humana, não há praticamente controlo da natalidade em Israel ou nas comunidades judaicas, embora haja estudos que demonstram uma forte contra-tendência deste minhag (costume) e mitzva. O Judaísmo tradicional acolhe melhor o nascimento dos meninos do que o das meninas e sustenta esta atitude no facto de a Torah (5 primeiros livros da Bíblia) prescrever que a mulher, depois de dar à luz um filho fica impura 7 dias e o dobro se for uma menina.
Porque é que a religião da mãe é o principal e mais determinante fator da identidade étnico-religiosa do seu filho?
R: A lei judaica só considera que a criança é judia se a mãe for judia. Se esta nascer de mãe não judia e de pai judeu, não é reconhecida pelas autoridades como judia. Esta regra foi estabelecida para se ter a certeza de que determinada criança é mesmo judía e isso só a mãe judia o garante, enquanto que muitas vezes o pai é ou pode ser alguém não judeu. Apesar deste rigor, em Março de 1983, O Rabinato Reformador, votou em maioria a favor do reconhecimento da validade da linha judia do pai para a efectiva e legal identidade de uma criança filha de pai judeu.
Se a mãe de uma criança judia se converter a outra religião, qual a religião que ela, (a criança) deve seguir?
R: Segundo a lei judaica, a criança nascida de mãe judia, mesmo que esta se converta a uma outra religião, permanece judia.
Porque é que a celebração do nascimento da criança do sexo masculino (não da do sexo feminino) se realiza na sexta-feira seguinte ao nascimento?
R: Esta celebração é conhecida entre os judeus como a Shalom Zachar ou Ben Zachar (benvindo menino). Tem orígem Kabalística (tradição mística do judaísmo). Durante a cerimónia de boas vindas da criança ao mundo e concretamente ao mundo judaico, os pais e convidados socializam, durante horas a fio, até ao amanhecer (Shabbat), pois existe a crença de que, comer legumes, feijões, ervilhas e outros vegetais, na presença do recém-nascido afasta dele os maus espíritos para toda a vida.
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